Yayo por Terezinha
Por Terezinha Y Kaneko
06 de maio de 2008
Antes de mais nada, devo avisá-los de que o desnível será grande, afinal, a Regina sempre teve vocação para escrever e escreve muito bem ! Eu estudei na escola de Matemática, e vocês sabem como os matemáticos escrevem! Meu negócio é NÚMEROS!
Alguns de vocês participaram do nosso encontro na Chácara Souza, numa festa surpresa para o casal de amigos nossos. Pois bem, escolhi a nossa homenageada, a Yayo, para representar nossa época de colegial nessa série de perfis. Nós estudamos pouco tempo juntas, mas sempre mantivemos contato e tenho um grande carinho por ela e sua família.
A Yayo é virginiana, e mesmo não sendo muito ligada em astrologia eu sempre achei que me dou muito bem com pessoas de virgem. Ela entrou no CEDOM no colegial, junto com Roberto Eguchi, Sergio Yang e outras boas amizades que fizemos naquela época com a turma que entrou em 73. Talvez nem todos a conheçam, pois muitos também saíram ao final do ginásio, mas quem estudou com ela com certeza se lembra do seu alto astral e de seu sorriso sempre amigo.
Amiga dedicada, a Yayo sempre tem uma palavra de apoio, e se faz presente em momentos importantes da vida de seus amigos.
A Yayo sempre foi para mim um exemplo de otimismo, de quem está sempre pronta para a luta, de quem encara tudo de forma muito simples, prática e com muita disposição para a vida.
Formação acadêmica
A Yayo é formada em Fisioterapia na USP. Ela lembra que a Eliana Nadalin cursou também a mesma escola. Fez vários cursos de especialização, dentre os quais o que achou mais interessante foi o de drenagem linfática.
O trabalho em fisioterapia é muito mais humano que a minha área de formação, por isso sempre me impressionei com a experiência da Yayo em trabalhos de recuperação das pessoas, de velhinhas, convivendo com tantos dramas pessoais.
Família de cedonianos
Não estudei só com a Yayo; estudei mais tempo ainda com o Rui, que cursou o CEDOM desde o ginásio. Yayo e Rui têm duas filhas moças, uma de 24, que faz mestrado em Microbiologia e a mais nova de 18, no 3º colegial.
A Yayo é também prima do Nilton, o Xuxu, e claro, do seu irmão Xuxuzinho que estudou no Cedom pouco tempo depois de nós.
Amiga distante, mas muito próxima
Eles estão na Suíça há uns bons anos por causa do serviço do Rui, e já estão bem adaptados por lá. A Yayo nos conta: “Genebra é internacional e uma cidade pequena. Gosto, pois consigo me virar bem aqui com transporte público, pois não dirijo e ando a pé”.
Ela tem aproveitado para fazer cursos técnicos dentro de sua área de formação e tem praticado “nordic walking” e hidro, conforme ela diz, “mais para ter contacto com o pessoal e aprender francês, pois as gordurinhas do queijo ainda persistem em ficar”.
Segundo a Yayo seu francês ainda está fraco, coisa que eu duvido, pois ela já encara até reunião com professores na escola da filha! Eu, de francês, só me lembro que estudei com a Maria do Céu !
Apesar de nos vermos tão pouco, temos falado bastante, até mais do que em outros tempos, e é muito bom, ao ter oportunidade de reencontrá-la, ter essa sensação de que estivemos sempre perto. Até por isso, acho que a memória de fatos recentes prevalece sobre outras épocas de convívio.
Desde o colegial freqüento sua casa e me lembro de boas conversas com sua mãe, muito amável, e de bons papos com seu tio. Eu me lembro particularmente de um aniversário da Yayo, em um agosto muito frio, numa época em que o Takeshi ainda não estava acostumado com a temperatura daqui e foi salvo pelo calor da churrasqueira, embalado pelo violão do Moita.
Por vários anos o Takeshi jogou tênis, aqui na Zuquim, com um grupo grande e dele também faziam parte o Rui, o cunhado do Rui e o cunhado da Yayo. Essa turma do tênis era muito festeira, por isso nos encontramos muito ao longo desse tempo em que as crianças ainda eram pequenas e brincavam juntas. Nossas caçulas formavam uma boa dupla!
Lembranças do Cedom:
Professora favorita: a Aiko.
Melhores lembranças: quermesse, hora do recreio, os amigos.
Preferências da Yayo :
“Gosto de cozinhar, ler, caminhar, de hidroginástica”
“Gostaria de fazer trabalhos voluntários, em hospitais, escolas”
Cores: pastéis e branco
Cidade: Londres
Prato: peixes, camarões
Sobremesa: bolos bem fofinhos, não precisa nem ter cobertura ou recheio
Palavra favorita: respeito
Música: My way
Bicho preferido: cachorro, mas gosto muito de ver os carneirinhos e vacas nas montanhas
Livro : Gostei muito do livro “A distância entre nós”, de Thrity Umrigar
Filmes : Gosto de filmes água com açúcar
Qualidade que admiro nas pessoas: honestidade e respeito ao próximo
Eu não gosto de hipocrisia e machismo
Se pudesse voltar no tempo, faria tudo igual.
Aos 95 anos estarei em outro mundo.
Eu ainda vou ver a cura de certas doenças, como o câncer, AIDS.
Gosto de ganhar presentes que foram feitos ou escolhidos com carinho, não importa o que e nem o preço.
Palavra de comadre
Para finalizar, palavras de sua comadre, a Regina :
“Nos idos dos meus quinze anos, conheci Yayo, figura doce, a um tempo gentil e forte, alegre e responsável, alguém, enfim, com quem dividir muitas das minhas inquietações juvenis. Crescemos, amadurecemos; a grande amiga me brindou com Marcela, afilhada querida, com quem, hoje, tenho o prazer de compartilhar aventuras e desventuras, num círculo virtuoso, tal como nos tempos de sua mãe.
Tempo? O que é o tempo, senão um ir-e-vir contínuo, repleto de repetições renovadas? Meu tempo é hoje, afirma Mestre Paulinho da Viola. Então, mesmo passados tantos anos, sempre é o momento certo de dizer a alguém que amamos quanto importante é sua presença em nossas vidas. Então eu digo, Yayo querida, que, por todo o nosso passado, você é mais que (um) presente: é a irmã que eu escolheria numa loja, se pudesse comprar uma.”